Este artigo apresenta a noção de “visões moduladas por dados” para mostrar como várias representações visuais podem vir a ser imaginadas como dados e como isso abre diferentes significados para o trabalho político e afetivo dos dados. A visualidade das questões sociais é produzida por meio de visões hegemônicas e alternativas concorrentes, e a visualização convencional não é o único formato em que os dados participam da contestação visual. Com foco nas ações latino-americanas para visibilizar o feminicídio, proponho um encontro com imagens criadas por ativistas para elucidar como os dados participam de representações alternativas da questão. O artigo contribui tanto para a exploração da função dos dados na construção de como o feminicídio é visto quanto para uma nova abordagem de estudo dos dados e da visualidade, inspirando acadêmicos de estudos visuais e de estudos feministas e críticos de visualização de dados a se envolverem com imagens além da representação gráfica convencional como locais para o trabalho político afetivo dos dados.

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