
Dataficação estratégica
O evento do projeto Dados Contra Feminicídio de 2023 abriu espaço para reflexão e diálogo sobre os usos estratégicos e as limitações dos dados no combate ao feminicídio. Reconhecendo a importância dos dados, perguntamos: Que tipos de dados são coletados atualmente? Em que medida a coleta de dados sobre feminicídios pode invisibilizar outras formas de violência? A coleta de dados desvia recursos escassos de programas de prevenção e apoio? De quantos dados precisamos para agir?
Participantes
- Lizbeth Hernández Cruz – Coordinadora Nacional de Mujeres Indígenas (CONAMI), México
- Silvana Mariano – Néias – Observatório de Feminicídios de Londrina, Brasil
- Helena Suárez Val – Feminicidio Uruguay & Datos Contra Feminicidio
- Alejandra Valdés Barrientos – Observatorio de Igualdad de Género de América Latina y el Caribe, CEPAL
Reflexões sobre a conversa
Dados estratégicos contra o feminicídio devem visibilizar contextos, humanizar dados e gerar ações de prevenção e reparação.
O uso estratégico de dados no combate à violência de gênero tem sido fundamental na América Latina, fortalecendo leis abrangentes e conscientizando sobre a importância da coleta de dados sobre feminicídio.
Os dados desempenham um papel crucial na produção de conhecimento sobre temas como feminicídio, permitindo-nos avançar no debate social e jurídico. O ativismo de dados surge como uma estratégia para interpretar dados e gerar intervenções sociais a partir de uma perspectiva artística.
É importante considerar o contexto ao coletar dados sobre violência de gênero e feminicídio para compreender as complexidades e conexões subjacentes. É essencial ir além da simples denúncia de casos para abordar as causas e os processos que geram esses atos de violência.
A coleta de dados utilizando a metodologia ISO e o registro conferem credibilidade ao enfrentamento do feminicídio, aumentando a visibilidade da violência de gênero. O trabalho comunitário fortalece a prevenção da violência e a inclusão de perspectivas interculturais na legislação.
Dados são essenciais para o diálogo e a discussão, mas é importante explorar outras formas de comunicação que não dependam apenas da quantificação. Isso levanta a necessidade de dedicar recursos para visualizar outras formas de violência e mudar o discurso.
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Resumo visual
