
Visibilidades: arte e dados sobre feminicídio
A edição de 2022 do encontro anual do projeto Dados Contra Feminicídio se concentrou na visibilização da violência de gênero e do feminicídio.
Conhecemos o trabalho de três organizações que representam familiares de vítimas de feminicídio: Atravesadxs por el Femicidio (Argentina), Coordenadora do dia 19 de dezembro, e a Associação de Familiares de Vítimas de Femicídio, ambas do Chile. Também exploramos as práticas artísticas e como elas servem como ferramenta para evidenciar a violência de gênero. Por fim, as artistas Marby Blanco e Alejandra García e o coletivo No Estamos Todas ofereceram duas oficinas para trabalhar com dados sobre feminicídio por meio de bordado e ilustração ativista, respectivamente.
Participantes
Mais do que números: Vozes de famílias de vítimas de feminicídio:
- Claire Brannigan (moderadora)
- Atravesadxs por el Femicidio (Argentina)
- Coordinadora 19 de diciembre (Chile)
- Agrupación de Familiares de Víctimas de Femicidios (Chile)
Dados e práticas artísticas na luta contra o feminicídio:
- Jimena Acosta (moderadora)
- Colectiva de artistas SJF (intervención en Zócalo de México)
- No Estamos Todas
- Marby Blanco y Alejandra García (proyecto Cortar el hilo)
- Alice Driver (escritora, More or Less Dead)
Reflexões sobre a conversa
Em Mais que Números: Vozes de Familiares de Vítimas de Feminicídio, conhecemos a luta das organizações chilenas para comemorar o Dia Contra o Feminicídio todo dia 19 de dezembro e a colaboração das organizações para conscientizar e dar visibilidade sobre esse tema em todo o país.
Além disso, o debate se concentrou na luta das famílias de vítimas de feminicídio e de pessoas desaparecidas para visibilizar sua situação e reivindicar assistência e justiça. Nesse sentido, a falta de apoio institucional e o combate a estereótipos sexistas são desafios constantes.
Por fim, as ativistas destacaram a importância de usar a mídia para dar voz às vítimas de feminicídio e pressionar juízes a considerarem a perspectiva de gênero. Também discutiram a falta de dados precisos sobre feminicídios e a necessidade de políticas públicas baseadas em informações confiáveis.
Em Dados e Práticas Artísticas na Luta contra o Feminicídio, aprendemos como a intersecção entre dados e práticas artísticas visibiliza a luta contra o feminicídio, criando uma memória coletiva por meio de ações em espaços públicos e arte digital. Entre os exemplos apresentados, uma das reflexões foi a importância do cuidado na comunicação de dados. Demonstrar empatia e sensibilidade na representação de histórias pessoais e feminicídios é crucial na criação de obras artísticas e no ativismo político. Essa importância reside na ética do cuidado e da responsabilidade na disseminação de informações sensíveis.
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